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    Tuesday, November 18, 2008


    José Antunes

     


    Dante Alighieri foi um dos maiores vultos intelectuais da época pré-renascentista. Contemporâneo de personagens célebres da Europa, como Giotto, Marco Polo, Afonso X o Sábio, etc., é considerado como o autor mais importante da língua italiana. Viveu numa época muito conturbada na península itálica, as cidades guerreavam-se entre si, e dentro das próprias cidades não havia a melhor coesão política.

    Nascido na cidade de Florença em Maio de 1265 vai sofrer as conturbações e incompreensões dos seus conterrâneos. O seu pai era um pequeno proprietário de terras e sua mãe morreu pouco anos após Dante ter nascido. O pai teve um novo casamento do qual nasceram mais três filhos com os quais Dante teve sempre boas relações. Aos nove anos avista pela primeira vez a pequena Beatriz, poucos meses mais nova do que ele, que irá ser a musa inspiradora do futuro poeta.

    Frequentou as escolas de Florença mas o maior contributo para a sua formação foi o contacto com Brunetto Latini, homem apaixonado pelas letras que frequentara os maiores centros culturais da Europa. Aos 18 anos volta a encontrar Beatriz que o inspira para a criação de poesia, iniciando-se a sua actividade como escritor. Fazendo parte dos feditori, os cavaleiros destinados ao assalto, defendeu valorosamente a sua cidade.

    Em 1290 morre Beatriz, o que causa a Dante grande perturbação levando-o a procurar reconforto na leitura de autores clássicos. Casa depois com Gemma Donati, a quem a família o ligara desde criança, procurando assim uma estabilização familiar, continuando no entanto a sua actividade nos círculos intelectuais de Florença.

    Florença passava nesta época algumas conturbações políticas. Era notória a rivalidade entre a nascente burguesia e a velha nobreza, representadas por duas poderosas famílias: os Cerchi e os Donati. Aqueles fizeram grande fortuna com o comércio, enquanto que os Donati eram ricos, pertenciam a uma antiga estirpe. A rivalidade acentua-se com a luta pelo poder político na cidade.

    É nesta altura que Dante entra na política ocupando um cargo público. Situação difícil para a natureza de um homem como Dante, pois tentando-se sobrepôr a todo o tipo de facção para que realmente prevalecessem os interesses da cidade, acabou por tomar partido pelos Brancos (assim eram designados os que tinham o partido dos Cerchi, enquanto que a outra facção eram denominados de Negros) para se opôr aos interesses de Bonifácio VIII, que tinha o objectivo de se apoderar da Toscana e que dava apoio aos Negros.

    Em 1301 é enviado a Roma como membro de uma embaixada. O papa, tendo-se apercebido de que Dante era um temível adversário dos seus interesses, não o deixou partir. Entretanto a situação muda bruscamente em Florença. Os Negros vencem, expulsam os Brancos incendiando as suas casas e condenam os ausentes à revelia.

    Inicia-se assim um exílio que irá manter o célebre florentino longe da sua pátria por toda a vida. Irá percorrer toda a Itália sonhando sempre com o regresso à pátria e com uma ideia avançada para a época: a unificação de toda a península.

    Em 1310 vai à Itália Henrique VII do Luxemburgo, o poderoso Imperador que irá tentar pacificar as cidades italianas, unificando-as sob o seu domínio. Mas são os próprios florentinos que desencadeiam um movimento oposto a esta ideia e que depressa alastrou por toda a Itália pondo fim a esta tentativa.

    Percorrendo cidade após cidade, Dante passa os últimos anos de sua vida na cidade de Ravena onde, diz-se, terá tido uma cátedra na Universidade desta cidade. Em 1321, no regresso de uma viagem a Veneza, onde fora como embaixador do senhor de Ravena, Dante adoece, vindo a desencarnar na noite de 13 de Setembro.

    Homem de qualidade superiores, Dante vai-se imortalizar através da sua vasta obra, e mais concretamente através da “Divina Comédia”, que o tornou um dos grandes escritores de todos os tempos.

    Abrangendo áreas desde a retórica até à política, passando pela poesia, Dante transmite-nos não só a experiência de um homem da sua época com uma vida atribulada, mas também as vivências e inquietudes do Homem de sempre.

    A sua primeira obra, “Vida Nova”, é um trabalho em poesia e prosa cujo tema é o seu grande amor por Beatriz. As poesias são ou comentadas ou introduzidas por textos escritos em prosa onde Dante narra o seu elevado sentimento de amor. Não um amor inferior mas um amor platónico que o poeta descobre dentro de si e que transmite através dos versos. Este amor por Beatriz alcançará uma dimensão mais elevada na última parte da “Divina Comédia”.

    “O Convívio”, composto nos anos que vão de 1304 a 1307, é uma das primeiras obras que Dante escreve fora da sua terra natal. Obra em que o autor demonstra o seu vasto conhecimento e saber, é escrita em prosa e os temas são extraídos de pequenas composições poéticas que o precedem. Dante projectará “O Convívio” para 15 tratados mas apenas foram escritos 4, sendo o primeiro uma introdução.

    Escrito em italiano comum, o primeiro do género, pois na época obras deste cariz eram escritas em latim, Dante tenta fazer chegar o conhecimento a todos os homens, desde príncipes, barões, cavaleiros e muitos outros nobres, até ao povo, não só homens mas também mulheres.

    De realçar nesta obra o conceito de nobreza que “é a perfeição da própria natureza em cada coisa”, não se herda, não provém da estirpe, nem do tempo, nem das riquezas, mas da Alma, e compreendem em si, além das virtudes morais e intelectuais, as boas disposições naturais, a bondade, os sentimentos generosos. Ela, a nobreza, é depois sublimada pela graça santificante, e torna-se semente de vida feliz, que se desenvolve, primeiro naturalmente e depois racionalmente, “até levar até Deus a Alma por Deus criada”.

    “A Vulgar Eloquência” é um tratado de filologia ou ciência da linguagem. Composta por dois volumes, Dante analisa a linguagem como tendo uma única raíz que se foi multiplicando até se criarem os particulares dialectos. Faz distinção entre linguagem popular e linguagem culta, distingue na poesia as várias métricas, os versos, os estilos, etc... Preconiza que deveria existir uma língua comum em toda a península itálica, o que significa a existência de uma nação, conceito inexistente na época puramente feudal do seu tempo.

    “Monarquia” é um tratado de teor político-filosófico, escrito em latim, no qual Dante exprime as suas ideias sociais. Ao grande partidarismo da época, Dante opõe o conceito de um governador universal representado por um Imperador, que unifique todos os países e nações. O Imperador ou Monarca imperará sobre todos os reis, ministros ou chefes dos povos, e agindo segundo a Justiça, conseguirá que todos os que agem abaixo dele sigam o seu exemplo. Assim a humanidade viveria em Paz e Justiça social, de harmonia com a Lei Universal.

    De Dante podemos ainda encontrar outras obras menores, a maioria póstumas, reunidas e publicadas mais tarde. Estão neste caso as “Éclogas”, “As Epístolas”, “As Rimas” e “A Questão da Água e Terra”. Simples documentos da actividade intelectual do poeta nos meios cultos da época.

    “A Divina Comédia”
    É a obra-prima de Dante. Começada por volta de 1307, trabalhou nela durante todo o resto da sua vida. Poema composto por três partes contendo a primeira parte 34 cantos e as outras duas partes 33 cantos cada uma, totalizando 100 cantos, está escrito em tercetos de versos decassilábicos com rima encadeada.

    Tendo o título original de “Comédia”, mais tarde os editores colocam-lhe o título de “A Divina Comédia”.

    É nesta obra que Dante coloca todo o Conhecimento e Sabedoria do homem superior que era, adaptando o Saber Tradicional à forma religiosa vigente para assim transmitir esses mesmos Conhecimentos aos outros homens. Rica em simbolismo, “A Divina Comédia” está perfeitamente adaptada ao cristianismo, podendo ser lida por todos aqueles que a queiram ler. Uns contentam-se apenas com o invólucro de que está revestida a obra, outros antevêm mais além, cada um segundo as suas possibilidades de beber na fonte inesgotável do simbolismo.

    Na “Comédia” Dante relata todo o processo de aceleração da evolução humana, ou seja, o processo iniciático, desde a descida aos mundos inferiores até à contemplação do Divino, processo este que é dividido em três partes: “Inferno”, “Purgatório” e “Paraíso”.

    Na primeira parte Dante narra que, tendo-se perdido numa floresta obscura, tenta em vão subir a uma colina iluminada pelos raios do sol nascente pois encontra-se frente a três feras que o impedem. Surge então Virgílio, o grande poeta latino, que será o guia espiritual nas duas primeiras partes da odisseia que Dante terá de percorrer. Virgílio tranquiliza-o, oferecendo-se para o tirar dali, levando-o através do Inferno e do Purgatório, um privilégio concedido a Dante pela oração de Beatriz, para que ele possa alcançar o Reino dos Bem-Aventurados.

    É assim que Dante se encontra no caminho da “Via Fatale” sobre cujos portais se encontra gravado:

      «Por mim se vai à cidade dolente
      Por mim se vai ao eterno tormento
      Por mim se vai viver com a perdida gente».


    É o primeiro passo, atravessar a terrível porta para se entrar nos mundos inferiores. Para isso é necessária toda a preparação e purificação para não se cair nos domínios inferiores. É a inspiração amorosa que leva Dante a “agir”, mas um amor platónico, ou seja, oriundo de Vénus Urania.

    É necessária a “acção” para que todo o processo se inicie. Como diz Krishna a Arjuna no Bhagavad-Gita, o caminho do Conhecimento é o caminho da Acção ultrapassada. Só com a experiência vem o verdadeiro Conhecimento, e o poeta terá que percorrer todo o longo caminho até chegar ao Conhecimento.

    Nas duas primeiras partes do poema vemos Dante conduzido por Virgílio, símbolo da razão, do conhecimento, da sabedoria, de toda a herança cultural dos antigos. É a etapa em que o homem necessita do apoio externo para que possa avançar no “tortuoso caminho”.

    Após estas etapas, o poeta caminha não sozinho mas acompanhado por Beatriz que o conduzirá até ao final de toda a odisseia. Beatriz é Vénus Urania, a grande paixão do homem por aquela sua “parte” que lhe falta: a Alma. Nesta fase o “lanu” não necessita de apoio externo do mestre, mas aspira a algo mais, aspira a conquistar a Essência perdida em tempos remotos. É com esta conquista que Dante entra no Reino dos Bem-Aventurados, onde habitam os Deuses, o Paraíso cristão, o Amenti egípcio, o Nirvana de Buda. Diversas terminologias para exprimirem todas o mesmo: o Inexprimível.


    Kartia Fonseca

     

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    posted by iSygrun Woelundr @ 6:11 AM  
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